Projeto científico do IOUSP embarca na Expedição Oriente

Publicado originalmente em: Expedição Oriente, 28 de outubro de 2014

oriente 2014 10 logoEm cooperação com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, o veleiro Kat irá navegar pelos mares com um sistema de coleta e transmissão de dados pioneiro para observação e estudo das propriedades da água do mar.

Existem diversas formas científicas de coleta de dados oceanográficos. Mas o sistema instalado a bordo do veleiro pela USP será o primeiro do mundo a coletar e transmitir, de forma autônoma e contínua, dados e imagens capturadas por sensores de alta resolução.

O projeto foi idealizado pelo Prof. Dr. Rubens Mendes Lopes e sua equipe, formada por Fabiano Baldasso, pesquisador e mestrando em Oceanografia, Leandro Ticlia, pesquisador e mestrando em Ciências da Computação, e outros pesquisadores. Os focos da análise são a distribuição e a biodiversidade do plâncton no oceano.

Toda a vida no mar começa com o plâncton. O fitoplâncton é o conjunto de plantas que captam a luz do sol e fazem fotossíntese, transferindo o que antes era inorgânico, como o CO2 (dióxido de carbono) presente na água, em matéria orgânica. Este é o início da cadeira alimentar marinha que vai até as baleias. Rubens explica que “embora sejam tão diminutos, esses organismos são o verdadeiro motor de funcionamento da cadeia alimentar no mar.”

O fitoplâncton tem grande importância, direta e indireta, no clima na terra. Por liberar enxofre na forma de gás, por exemplo, tem influência na formação de nuvens. Além disso, esses microorganismos, durante o processo de fotossíntese, estão constantemente pegando CO2 com água e transformando em oxigênio.

Atmosfera e água estão sempre trocando matéria. Quando o sistema está desbalanceado, o fitoplâncton consome CO2 atmosférico dissolvido na água do mar e converte em biomassa. Os cientistas chamam esse processo de “Sequestro biológico do carbono atmosférico”.

O sistema instalado no veleiro Kat, coletará dados como temperatura, salinidade e clorofila A (para saber a quantidade de fitoplâncton). De qualquer lugar do mundo, os pesquisadores da USP poderão monitorar e analisar como anda a base alimentar do ecossistema aquático nos 5 continentes por onde a Expedição Oriente irá passar.

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