Antarctic Environments Portal

Lançado em 2018 o Portal de Ambientes Antárticos (Antarctic Environments Portal https://environments.aq/), multilíngue, fornece um elo importante entre a ciência e a política antártica permitindo fácil acesso as informações científicas e confiáveis contendo uma série de questões relevantes para o gerenciamento do ambiente antártico. O portal está hospedado pela Gateway Antarctica que é um Centro de Estudos e Pesquisas Antárticas na Universidade de Canterbury, Christchurch, Nova Zelândia.

O objetivo principal das informações colocadas no Portal é contribuir para o Comitê de Proteção Ambiental (CEP) no desenvolvimento de pareceres e recomendações às Partes Consultivas do Tratado da Antártica sobre proteção ambiental. O Portal também permite que o Comitê Científico de Pesquisa Antártica (SCAR) cumpra seu papel consultivo junto aos formuladores de políticas antárticas.

Todas as informações no Portal são preparadas por especialistas da Antártica e são apolíticas, atualizadas e cuidadosamente revisadas antes de serem publicadas.

Recentemente foi publicado um artigo de divulgação, que contou com a colaboração da Profa. Dra. Rosalinda Carmela Montone do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, sobre os poluentes orgânicos persistentes na Antártica. Segue o linque: https://environments.aq/information-summaries/persistent-organic-pollutants-in-antarctica/

Montone e Maia

Resumo do artigo

Poluentes orgânicos persistentes (POPs) são produtos químicos à base de carbono de origem antropogênica que provocam efeitos tóxicos nos organismos. Por esse motivo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente implementou a Convenção de Estocolmo sobre POPs em 2004 para proteger a saúde humana e o meio ambiente. Devido às suas propriedades físico-químicas, os

POPs são facilmente transportados principalmente pela atmosfera ou pelas correntes oceânicas por longas distâncias, incluindo regiões polares, onde esses produtos químicos ficam presos devido ao clima frio extremo. Uma vez na região antártica, eles se acumulam em organismos e podem provocar efeitos tóxicos. Os ecossistemas antárticos e do Oceano Antártico são frágeis e têm baixa capacidade de resiliência, portanto, a contaminação pode ter consequências imprevisíveis. Além disso, as mudanças climáticas globais podem influenciar os fatores abióticos da distribuição e mobilidade de produtos químicos nos ecossistemas antárticos. Assim, é necessário um conhecimento das concentrações e distribuições de contaminantes para entender o risco para a Antártica e avaliar a saúde ambiental geral e outras possíveis consequências em escala global.

Compartilhe