IOUSP

TRABALHO DE FORMATURA

Bacharelado em Oceanografia

Aluno: Vinicius Santos Rodrigues
Tema: “Evolução sedimentar no Quaternário Superior da Baía de Trapandé, porção sul do sistema estuarino-lagunar de Cananéia-Iguape (SP), através de um estudo sismoestratigráfico”
Apresentação: 01 de dezembro, 2ª feira, as 11h00, sala 01 bloco didático

Poster: 08 de novembro, das 15h00 às 17h00, saguão do bloco didático

Resumo:

A proposta deste trabalho foi realizar um estudo estratigráfico, utilizando dados sísmicos de alta resolução, a fim de trazer novas contribuições para o conhecimento dos processos deposicionais que condicionaram a evolução geomorfológica da Baía de Trapandé e de seu entorno, localizados na porção sul do sistema estuarino-lagunar de Cananéia-Iguape. A aquisição dos dados contou com um conjunto de equipamentos, como as fontes boomer, chirp e pinger, acoplados ao sistema Meridata MDCS, sendo levantado em 32 horas de navegação, um total de 214 linhas sísmicas. O processamento seguinte dos dados foi realizado pelos programas Sview e Meridata MDPS, no intuito de agrupar os dados de geolocalização com a aplicação de filtros e/ou combinações de filtros que melhorassem o aspecto gráfico dos sismogramas. Na análise desses dados foram verificados os elementos arquiteturais que compõem as diferentes estruturas dos pacotes sedimentares, sendo definidas seis unidades sísmicas e suas superfícies limitantes. Logo após, essas unidades foram correlacionados com os eventos de oscilação do nível do mar do Quaternário Superior descritos na literatura, sendo sugerido um modelo evolutivo para a área de estudo, considerando a profundidade do embasamento acústico e, principalmente, os eventos regressivos que condicionaram sua formação. Assim, foi inferida a associação das duas superfícies mais profundas com períodos de diminuição do nível do mar: a S1 foi formada durante a transgressão do mar após o Último Máximo Glacial e a S2 está relacionada com o evento de 8.200 anos A.P., que foi um rápido e intenso período de glaciação. Por último, a sequência sísmica formada pelas três unidades acima da S2 foi relacionada com o período de mar alto ao qual a região ficou submetida nos últimos 7.000 anos A.P., com as unidades U3 e U4 tendo sido formada até a Transgressão Santos, em 5.800 anos A.P, e a U5 sendo formada na regressão subsequente, que dura até os dias de hoje.