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Efeitos da áreas de exclusão de pesca nas assembleias de peixes de costões de Ubatuba, São Paulo
Wednesday 07 December 2016, 09:00

Marcos Felipe Tomasi
Orientador – Igor Cristiano Silva Cruz
Apresentação: 07 de dezembro, 4ª feira, as 9h00
Anfiteatro “Profa. Dra. Anna Emilia Amato de Moraes Vazzoler”

Efeitos das áreas de exclusão de pesca nas assembleias de peixes de costões de Ubatuba, São Paulo

TF-2016/22
Marcos Felipe Tomasi
A atividade antrópica tem causado grandes impactos nos oceanos, reduzindo os estoques pesqueiros. Diante deste cenário, as Áreas de Exclusão de Pesca (AEP) são cada vez mais usadas para manter ou aumentar a qualidade dos estoques pesqueiros. Porém, muitas vezes, as AEPs não conseguem atingir os efeitos esperados. O presente trabalho pretende avaliar alguns efeitos das EPs do Parque Estadual Ilha Anchieta (PEIA) e Ilha das Palmas (ESEC Tupinambás), localizadas no município de Ubatuba. Para isso foram comparadas as estruturas de suas assembleias de peixes com a de duas áreas controle (Ilha do Mar Virado e Ponta do Espia, onde, são praticadas pesca artesanal e comercial) considerando a riqueza, a estrutura da assembleia e a estrutura trófica de peixes, bem como a abundância das espécies de duas famílias de importância comercial, Serranidae e Carangidae. Os dados foram coletados de forma sinótica, ao longo de uma semana em Março de 2016. As amostragens foram realizadas utilizando Baited Remote Underwater Video (BRUV), técnica que consiste em atrair peixes piscívoros com uma isca, neste caso a Sardinella brasilensis, e registrá-los em forma de vídeo com uma câmera subaquática durante o intervalo de uma hora. Está técnica foi replicada de forma aleatória seis vezes dentro de cada área. Foram encontrados 738 indivíduos de 52 espécies de peixe. Houve diferença significativa entre as áreas quanto a riqueza, a área protegida à pesca apresentou 84% das espécies enquanto a não protegida 54%. A maioria das amostras continham exemplares da família Carangidae (89%), não havendo diferença significativa da sua distribuição entre as áreas de diferente manejo à pesca. Ao contrário da
família Serranidae, que houve diferença. Esta família foi encontrada apenas em uma amostra da área não protegida e em 81,8% das amostras da área protegida à pesca. Encontramos a diferença de 67,7% na abundância entre as áreas protegidas e não protegidas, mas não identificamos uma diferença significativa entre as duas assembleias já que houve grande variabilidade da abundância das espécies entre as amostras.
Descritores: Áreas de Exclusão de Pesca, BRUV, Avaliação da eficiência.

Location Anfiteatro IOUSP

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