Um novo mapa para a conservação marinha no Brasil
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- Publicado: Segunda, 09 Novembro 2020
Fonte: Jornal da USP
Estudo identifica áreas prioritárias para a proteção da biodiversidade em águas costeiras e oceânicas do País
Cardume na Laje de Santos, uma das áreas protegidas do litoral paulista. Foto: Leo Francini
Omar é grande, as ameaças são muitas e os recursos são poucos. Consequentemente, a capacidade de priorizar investimentos é essencial. Pensando nisso, pesquisadores acabam de divulgar um novo mapa de áreas prioritárias para conservação da biodiversidade marinha no Brasil.
Publicado no início deste mês, na revista Diversity and Distributions, o trabalho se apresenta como o mapeamento mais detalhado já feito sobre a distribuição de ameaças à biodiversidade marinha no Brasil. Levando em conta a distribuição de 143 espécies ameaçadas, 161 habitats marinhos e 24 fatores de impacto relacionados a atividades humanas (como pesca e poluição), os pesquisadores identificam 286 mil quilômetros quadrados (km2) de áreas prioritárias para conservação dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do mar brasileiro.
Isso corresponde a uma área do tamanho do Rio Grande do Sul; o que parece muito, mas representa menos de 8% da extensão total da ZEE. Dentro dessa seleção, destaca-se ainda um subgrupo de 83 mil km2 (ou 2,3% da ZEE) de áreas consideradas como “prioridade máxima” para conservação, localizadas principalmente na região Sudeste e no sul da Bahia, onde a sobreposição de fatores de risco e biodiversidade são especialmente preocupantes.